quarta-feira, 10 de março de 2010 - Semana de Moda de Paris – Outono/Inverno 2010-11: Chanel, Valentino e Chloé

Chanel: quase 80 looks (alguns masculinos) e um iceberg de 265 toneladas importado da Suécia para recriar o clima polar no Grand Palais são a prova que não existe marca mais poderosa do que a Chanel. Obviamente a Maison nem sentiu cheiro de recessão (ano passado foi o recorde histórico de vendas) e só nesta semana foi anunciado que Karl Lagerfeld vai fotografar a próxima edição do calendário da Pirelli e ser condecorado com o titulo da Legião de Honra da França de 2010. O desfile de outono/inverno foi um espetáculo em todos os sentidos. As peles rivalizaram com o tweed em importância e apareceram de todas as formas: em casacos, como macacões imitando urso polar (essas eram fake), nas calças e saias, como polainas, por cima das botas e nas barras das peças. Já o clássico tweed veio em branco, marfim, vermelho, marinho e preto, como tailleur e mini vestido. Os tricôs também tiveram destaque, em diferentes texturas, nos suéteres de gola rulê ou nos vestidos. Lindos os tingidos de 2 cores, especialmente o branco e azul bebê. No final, o momento andrógino com camisas e gravatas sob os tailleurs e um meio fraque. Para fechar, looks em renda bordada com mais tricô e tweed, colares longos, botas bicolores e bolsinhas de pele. Para ser chique até no Pólo Norte.

Valentino: esta foi a melhor coleção da dupla Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli desde que assumiram o comando da grife. Mais focados, escolheram trabalhar o romantismo com doses de arquitetura, vistos nos primeiros looks de vestidos e casacos que formavam babados esculturais. Tecidos mais leves, como chiffon e seda também apareceram, em boas combinações com casacos e coletes de pele. Camadas de babados mais discretas surgiram em vestidos longos, que dominaram a parte final. Na cartela, brando, bege, nude, preto e o clássico vermelho, que ganhou uma boa leitura.

Chloé: sportswear, toques de anos 70, cartela do bege ao marrom… a única novidade do desfile foi a volta de Raquel Zimmermann, que anda sumida das passarelas internacionais. Hannah McGibbon não quis arriscar desta vez e trabalhou o que já vem fazendo desde que estreou na marca: casacos minimalistas, suéteres de gola rulê, camisas (algumas em jeans) de gola-laço, vestido reto, alguns detalhes de pele, tricôs, mini saias ou saias de couro em A, calças pantalona, harem e clochard. De uma grife como a Chloé espera-se que faça a diferença e não seja apenas uma seguidora de tendências…

Fonte: Modalogia

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